Produção de mel colabora para agregar renda à família rural
A apicultura é uma atividade em evolução na região Oeste catarinense. O trabalho contínuo das abelhas colabora para o agricultor ganhar uma renda extra.
A família de Francisco e Lucivone Biazi de União do Oeste agregou a produção de mel e tornou uma atividade eficiente na propriedade. “Fiz diversos cursos via Senar, Epagri e Secretaria Municipal de Agricultura”, relata o agricultor ao falar da importância de se capacitar. Ele concilia a produção de mel, junto a criação de suínos, bovinocultura de leite e plantio de grãos.
Desde 2008, a família Biazi vem ampliando a produção de mel a partir de investimentos em equipamentos. Um dos motivos de mecanizar a industrialização do mel é para oferecer ao cliente um produto com mais qualidade.
O serviço que antes as mãos faziam, agora é feito pela centrifugadora. Com eficiência, o equipamento é ágil e evita desperdício. “O ponto mais importante é a qualidade, essa máquina evita o depósito de resíduos, ou seja, o mel fica mais puro e limpo”, explica o apicultor.
Dona Lucivone afirma que o mel fica mais gostoso de ser consumido, porque a centrifugadora ajuda a evitar o acumulo de cera.
Migração
Esse é um assunto problemático para os apicultores, pois ao trabalhar com abelhas um dos fenômenos naturais é a migração. “Cerca de 10% dos enxames saem da propriedade, todos os anos, ou sofrem com a inundação de formigões”, constata Biazi.
Para conter essa situação, a família busca trabalhar com a reposição. De cada dois enxames é feito um novo. Assim a produção não diminui e tende a aumentar, anualmente. Hoje, a propriedade da família Biazi conta com 75 enxames espalhados em oito grupos.
O apicultor Francisco comenta que um grupo contém de cinco a oito enxames numa área livre de um quilômetro e meio. “A abelha trabalha nesse raio de espaço, por isso, é importante respeitar, para se ter uma boa produção”, relata.
As intempéries contribuem para diminuir a produção de mel. Conforme Gian, filho do casal, o excesso de chuva impede que a abelha saia para sugar o pólen da flor. “A estiagem é outra situação ruim para a atividade, com menos flores na natureza é menor a produção de mel”, explica.
Resultado
A colheita do mel é realizada em três etapas, durante o ano. “Depende muito da florada”, diz o apicultor. A colheita maior acontece em dezembro, no mês que passou foram contabilizados em torno de 600 quilos. As outras duas colheitas foram feitas em março e outubro, respectivamente de 350 e 200 quilos.
Depois do mel cintrifugado é embalado em locais adequados, com rótulo para identificar os dados da pequena agroindústria familiar. O preço médio do quilo comercializado é de R$ 7,50.
A venda dessa matéria-prima é focada para o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal, direcionando a produção para o consumo interno. “Outra parte do mel é vendida em casa, tem uma procura contínua”, relata.
Custos
Os gastos para manter a atividade são com a mão de obra, o combustível e a aquisição de equipamentos para a segurança pessoal. Há quatro anos os custos aumentaram, pois a família investiu na atividade.
Segundo Francisco, a projeção é de faturar um lucro de 80% sobre o mel comercializado, nos próximos anos, quando os investimentos estiverem quitados.
Potencial à saúde humana
Para a saúde, o mel é observado pela medicina como um antibiótico e energético natural. Faz bem para curar diversos males que afligem a saúde: tosse, febre, prisão de ventre, insônia, anemia, infecções, úlcera e nervosismo. O mel é muito usado à culinária, para dar gosto a diversas receitas.
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